sábado, 7 de novembro de 2009

Dia desses eu vi um senhor deitado no chão. As pessoas simplesmente passam como se não existisse nada ali. Então eu pensei: Onde as pessoas aprendem a ser assim?
Eu tenho uma coisa de me importar com as pessoas. Acho chato e estúpido, mas eu me importo.
Se você precisa de mim, vou ao seu encontro. Se está doente, chateado, triste ou sozinho, eu me importo. Mas não deveria. Por muito tempo eu pensei que a gente ajuda para um dia ser ajudado, mas não, não é assim que funciona. Por mais que você se preocupe, tente e faça,
dificilmente será reconhecido. Dificilmente farão por você, isso quando não é apedrejado pelas costas. Então basta reconhecer para si mesmo que fazer o bem, faz bem. Ajudar faz bem.
Você pode se tornar uma pessoa seca e fria, pode ser do tipo que só pensa em si, pode ser um chefe abusivo, um filho rebelde, um pai alcoólatra, um amigo que deixa os outros quando mais se precisa. Eu pensei que pessoas assim não teriam alguém no fim, mas elas sempre tem. Não sei por quê. Talvez ainda não tenha chegado realmente ao fim.
Todo mundo fala por aí que não há povo melhor que o brasileiro. Discordo. Na verdade, qualquer povo é melhor que o brasileiro. Moramos em um país lindo, cultura diversificada, pessoas criativas. Mas brasileiro é egoísta. Se está bom para ele, para que sair do ócio e se preocupar com a vida do próximo? O importante aqui é que VOCÊ tenha um bom salário, VOCÊ não passe fome, VOCÊ tenha um bom atendimento em hospitais, VOCÊ tenha uma boa educação. E se morrerem na sua frente, o que você tem a ver, não é mesmo? Brasileiro é preguiçoso. É mais fácil dar bolsa escola, bolsa família, bolsa num sei das quantas do que consertar tudo desde o início. Então vira um ciclo vicioso, de novo.
Existem pessoas que mentem, existem pessoas que são enganadas e existem as pessoas que preferem ser enganadas do que acreditar na verdade dura. É escolha de cada um. Mas o sofrimento uma hora ou outra aparece. Acredito na mudança das pessoas, mas tenho convicção de que a maioria não quer mudar. Isso torna as pessoas presas no tempo, presas em si. Mudar é bom, mas é difícil.
Sou do tipo que se envolve. Dou minha alma quando gosto. Defendo, bato, grito quem precisar. Acho que quem faz o estilo “fiquei na minha ou prefiro não me envolver”, não é amigo de verdade.
Já encontrei o amor da minha vida, não troco por ninguém. Antes eu dizia que namoros acabam e amizades ficam. Hoje em dia, bem, eu não teria tanta certeza.
Mas eu sei, em tudo existem as exceções.

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