quinta-feira, 23 de outubro de 2008

E você senta... E pensa, e age como se fosse chorar.
Olha o mundo ao redor e se sente perdido, vazio.
Aquele momento era para ser só seu, mas são tantas coisas
para pensar! E você se desespera, espera, espera.
Algumas coisas simplesmente não saem da sua cabeça. Coisas
que você pensava já ter superado, certezas que não valem mais nada.
E mais uma vez lá está você, completamente perdido.
Você sua, seus olhos ardem, sua garganta sente o nó de um choro
preso, mas você não vai deixá-lo fugir.
Então você abaixa a cabeça e lembra... Lembra de como sempre teve o controle,
lembra o quanto algumas situações pareciam intermináveis, lembra o quanto
você já sofreu. E volta ao presente, e pensa. Será que o motivo da minha angústia
vale a pena? E se a situação fosse contrária, estariam aqui pensando em mim?
Mas sua razão cala. E você chora. Chora porque chora, chora porque não encontra
solução, chora porque não sabe qual é o melhor caminho a seguir.
E como num impulso você levanta, caminha sem saber para onde nem para quê,
lamenta-se por mais um instante e volta como se nada tivesse acontecido.

2 comentários:

FOXX disse...

ah
vc disse tudo sobre o q eu qria escrever essa semana e não consigo...

Kate Polladsky disse...

E se talvez o controle... Seja não pensar tanto, não prender os momentos na garganta. Apenas a liberdade de viver cada um deles, sem a racionalidade de sentimentos? Apenas a significância, de cada momento insignificante, aprendê-los sem que sinta o dever de ensinar nada a ninguém. E se talvez o controle seja apenas a convivência com sigo mesmo, sem que precise tomar conhecimento de tudo. E nem se cobre ou se cubra de memórias. De qualquer forma, elas estarão sempre em algum lugar atrás, do que você busca encontrar pela frente...
É quase certeza que alguém sempre estará pensando em você, enquanto chove por dentro. É quase menos angustiante pensar que a esperança está em saber que alguém também sente o mesmo, também pensa o mesmo. E também se perde no caminho. É mais angustiante pensar, que nem todos se levantam, porém. Como se nada tivesse acontecido. Apenas lamentam-se por mais um instante. Sentam e olham o mundo em que se perderam. E o mundo que perderam pra si. Mas de repente... “perder-se também é caminho...” - Logo, gosto do seu impulso. E como.